"A atitude humana pode ser tão súbtil que, cada vez mais, as várias máscaras parecem rostos."
Da minha colega,
Mª Clara
De Maria a 30 de Abril de 2008 às 09:07
Isso significa que continuamos a evoluir no mau caminho!! A hipocrisia e o cinismo continuam a ser características essencialmente humanas e com maior nível de requinte de geração para geração...
É por isso que prefiro os animais! Os outros! Chamem-me o que quiserem...
Beijinhos
De
Paulo a 30 de Abril de 2008 às 09:16
Certeira, a tua colega Maria Clara! Eu balanço entre o rosto e as várias máscaras... tantas que às vezes me perco de mim.
Mas o que se pode fazer numa altura em que nos magoam de uma forma também cada vez mais subtil ?
De
Brama a 30 de Abril de 2008 às 18:13
Não sei o que se pode fazer. Mas creio que o descrédito nos Homens aumentará na mesma proporção.
Hummm...
Não me parece que a humanidade tenha evoluído nos últimos milénios, e não me parece que a sociedade também esteja assim tão diferente: continuamos hipócritas, vaidosos, individualistas e egoistas, tal e qual como consta de todos esses livros intemporais, de Stendal a Balzac, a Victor Hugo, Eça de Queirós... etc...
E as máscaras... as máscaras são essenciais! Não vou tratar mal alguém só porque estou mal disposta; Não vou dar o prazer de demonstrar a uma "conhecida", ávida de informações sobre a minha vida privada, que estou triste ou melancólica; não vou fazer amizades em terreno instável de trabalho, antes mostrar cordialidade e simpatia e depois logo se vê... e num relacionamento amoroso, não me vou desnudar toda, e mostrar todas as chagas, porque há coisas que são só nossas e mais ninguém tem de saber!
Claro que há muita gente que é mesmo hipócrita, e há outros, confusos, que confundem a máscara com o próprio rosto... mas nós sem máscaras não poderiamos viver em sociedade.
(e isto dá pano para muito mais, mas fico-me por aqui)
***
De
Brama a 30 de Abril de 2008 às 23:34
Apesar de concordar com a essência da frase da minha colega, tenho de admitir que a tua mensagem é arrasadora. Introduziste (salvo seja!), novos aspectos a esta discussão. Cá está, não existem mesmo verdades absolutas ... até nisto. No entanto acho que a intenção inerente a esta frase é outra ... sei que entendeste qual era mas que, consideraste por bem introduzir ( ... outra vez!), aspectos novos para "fertilizar" o debate.
De Graduated_Fool a 1 de Maio de 2008 às 01:55
Por acaso não concordo muito com a frase, no sentido em que, para mim, essa subtileza não existe, ou seja, não vejo as máscaras como algo de subtil, vejo-as muito nitidamente. Basta estar um pouco atento e está lá tudo à vista e tudo escondido.
E tu, meu querido, és daqueles que o vê muito bem.
Mas entendo a ideia da frase, sim. É a velha história das mascaras de cada um, a velha história das capas de papelão que, com alguma chuvinha, lá se vão e deixam mostrar muito do que está por baixo.
Por acaso mal li a frase lembrei-me logo de alguns aspectos aqui referidos pela medusasss. É impossível viver sem capas, sem máscaras. Em sociedade, infelizmente é assim. Todos as temos. O ideal seria torná-las o mais ténues possível, mas será que assim seriamos nós mesmos? Será que cada um de nós, na sua essencia, não é um grande conjunto de máscaras que nos tornam únicos e, ao mesmo tempo, tão parecidos uns aos outros?
De
Leila* a 1 de Maio de 2008 às 13:38
Eu acho que todos usamos máscaras, uns mais do que outros, uns mais intensamente do que outros. É dos meios que frequentamos e das pessoas com quem lidamos. Temos de nos adaptar, é o segredo da saudável convivencia...
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