Terça-feira, 28 de Agosto de 2007

E lá vou eu ...

                                                                                                                          (Imagem retirada da Internet)

 

E pronto lá terá de ser ... amanhã lá terei de ir passar uns diazinhos à capital alentejana, tão bonita na aparência quanto aborrecida na permanência ... sim, é verdade que é uma cidade bonita, cheia de história e pontilhada de monumentos interessantes ... mas quem viveu lá anos e anos sabe como é também atrofiante e ... para quem aspira a sensações mais elevadas e diversificadas, estar lá mais que a conta, é sinónimo de morrer lenta e estupidamente. Bem, seja como for, lá irei eu, pois então, visitar familiares e amigos, respirar o aroma das seculares lajes, pisar a irregular calçada das travessas estreitinhas e tentar a sorte de atravessar a praça do Giraldo sem ser brindado por uma certeira cagadela de um dos muitos pombos que já há algum tempo tomaram posse do centro da cidade, fontes e esplanadas. Vamos lá ver se desde os últimos trinta anos, algo de novo mudou e me surpreenderá, se os 80% de transeuntes da capital alentejana, com idades superiores a 65 anos de idade, já  desencostaram as proeminentes barrigas dos muros das cidades e começaram a comer menos enchidos e se a maioria das roliças e pequenas madames, carregadas de malas e sacos de compras, tecidos adiposos e rigorosos buços, deram lugar a esguios e bem vestidos manequins, para dar finalmente sentido à intenção afirmada, já há algum tempo em voga,  "as mulheres portuguesas estão cada vez mais bonitas". E para que não me chamem de pessimista, fico com esperança de ver amanhã, uma capital alentejana no caminho do progresso económico e com uma efectiva abertura de mentalidades. Até amanhã cidade adorada ...

 

                                                                                                                                           Brama

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publicado por Brama às 02:59
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A Pianista

Vejo neste momento este belíssimo filme de Michael Haneke, com a minha amiga Dora.  Isabelle Huppert interpreta colossalmente bem o papel de Erika Kohut, professora de piano no Conservatório de Piano de Viena. Erika que vive a sua sexualidade de uma forma absolutamente mórbida e doentia, refugia-se num contacto socialmente frio, ausente de afectos e profissionalmente de uma exigência cruel e extrema. O desempenho de Isabelle Hppert é genialmente perturbador e deixa-nos colados ao ecrã do princípio ao fim do filme.
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publicado por Brama às 02:42
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Toiros no Sotavento Algarvio

Ironias do destino. Há uns dias quando me dirigia para o meu automóvel, como habitualmente acontece, deparei-me com mais um folheto colocado no pára-brisas, que arranquei com alguma brusquidão própria da má disposição que já me causa este tipo de publicidade perfeitamente indesejada, sobretudo quando começo a imaginar mais um conjunto de pobres árvores abatidas sem dó nem piedade, para alimentar esta máquina de propaganda desnecessária. Quando me aproximava, já respirando um pouco mal, pensei que, à semelhança da generalidade desta  desagradável correspondência, seria mais um recado de um dos diversos chefes zulus que vieram à Terra com extremos poderes de adivinhação e salvação de todos os males que afligem e oprimem a numerosa massa de contribuintes da classe média e baixa. Mas curiosamente, desta vez o folheto presenteado ainda conseguia ser pior, coisa algo séria e não motivo de risada. Tratava-se de um folheto até bastante colorido, dobrado em duas partes, cuja capa expunha em letras garrafais o seguinte: "Toiros no Sotavento Algarvio - Arte, Emoção, Espectáculo ... Aqui é o Lugar!...". Portanto, atendendo a esta nota prévia, desnecessário seria abrir o folheto e continuar a ler, uma vez que por si só, estas belas palavras já deixariam antever com segurança, a emoção que viria em seguida. Quem me conhece sabe perfeitamente como esta publicidade foi pertinente e me deixou palpitante de excitação. Quem colocou o folheto, se soubesse a natureza do dono da viatura, provavelmente não disperdiçaria o seu belo tempo e avançaria para a viatura seguinte. Afinal de contas, quem produziu aquelas belas palavras está de parabéns, consegue superar aos pontos qualquer produção surrealista daliniana.

 

                                                                                                                                    Brama

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publicado por Brama às 01:29
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Segunda-feira, 27 de Agosto de 2007

Realidade versus Sonho

O grande problema entre a vida real e o sonho é que, infelizmente é no segundo que tudo tem lugar. 

 

 

Cada vez mais me custa acordar dos meus sonhos para suportar o pesadelo da realidade.

 

 

Brama

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publicado por Brama às 00:21
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Sexta-feira, 24 de Agosto de 2007

(sem título)

As emoções mais puras e elevadas rapidamente se atenuam para dar lugar aos condicionalismos práticos e mediáticos da vida

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publicado por Brama às 22:55
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Mariza - Chuva

 
E porque amo esta música ... cá vai ela
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
música: Mariza - Chuva
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publicado por Brama às 21:55
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Quinta-feira, 23 de Agosto de 2007

Alicia Keys - Fallin'

 
Alicia Keys - Fallin'
I keep on fallin'
In and out
With you
Sometimes I love ya
Sometimes you make me blue
Sometimes I feel good
At times I feel used
Lovin' you darlin'
Makes me so confused

CHORUS
I keep on
Fallin'
In and out of love with you
I never loved someone
The way that I love you

Oh, oh, I never felt this way
How do you give me so much pleasure
And cause me so much pain
Just when I think
I've taken more than would a fool
I start fallin' back in love with you

CHORUS

Oh baby
I, I, I, I'm fallin'
I, I, I, I'm fallin'
Fall

CHORUS

Im fallin'
In and out of love with you
I never loved someone
The way that I love you

I'm fallin'
In and out of love with you
I never loved someone
The way that I love you

What?
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música: I keep on fallin'
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publicado por Brama às 12:32
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O Dom português de ignorar as grandes vozes!

Portugal é pródigo em ignorar boas e potenciais vozes que, devidamente aproveitadas, enriqueceriam o panorama musical português. Neste programa televisivo  "Ídolos", de elevada audiência, apareceram alguns jovens com vozes surpreendentes e que, sem qualquer técnica de aprendizagem prévia, mostraram logo no casting serem detentores de vozes que arrumam com alguns dos estranhamente consagrados  ou supostos artistas portugueses que, no meu entendimento de cantores têm pouco ou nada (exemplos de: Tony Carreira e filho, Ana Malhoa e pai, a já esquecida Lena d´Água, os Anjos e isto, só para citar alguns dos muitos que me vieram à memória). Cantar ou ser cantor em Portugal, pelos vistos é mais uma questão que depende dos bons relacionamentos ou algo transmitido geneticamente por gerações de não cantores. Ser um bom cantor não parece então ser uma verdadeira qualidade artística acessivel a alguns aparelhos vocais abençoados, mas uma dependência de factores de outra ordem. Depois temos alguns casos milagrosos em que se reconhece o seu real valor, muitas vezes primeiramente reconhecido fora das fronteiras nacionais, como é de destaque a Dulce Pontes, só a melhor voz portuguesa da actualidade e Mariza, uma notável fadista. O programa "Ídolos" pressupunha então descobrir novas, frescas e grandes vozes com um objectivo qualquer que ninguém descobriu até agora, porque de facto, que eu me lembre, nenhum dos mais elogiados tem uma verdadeira e reconhecida carreira artística.  Neste vídeo temos pois então a nossa floribela. Luciana Abreu apareceu com o seu ar cândido e desprotegido e em vez de cantar como uma esperada butterfly, soltou um rugido de leão numa voz quente que deixou sem pestanejar o desagradável júri, mostrando afinal quem canta. A sua simplicidade do momento, a sua candura comoveram-me e a sua voz emocionou-me de facto. Seria esperado que viesse a ter uma carreira de sucesso como teria se fosse por exemplo inglesa ou norte-americana, mais uma Christina Aguilera para a juventude, mais uma jovem cantora que canta mesmo. Claro que com a "enigmática" visão dos entendidos na matéria, nada poderia enobrecer mais esta rapariga, cantora à partida, do que um papel de péssima e irritante actriz, numa novela de seu nome "Floribela", em que o espaço dado às potencialidades da mocinha como cantora se reduzem a umas infelizes letras de embalar ou coisa que o valha. Dos outros grandes cantores dos "Ídolos" nem se ouve falar, será que foram silenciados para sempre para não melindrar o sucesso dos tais Tonys?!
música: Alicia Keys - Fallin'
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publicado por Brama às 03:11
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Segunda-feira, 20 de Agosto de 2007

Irmã Selma (Terça Insana)

Não ... não sou coríntiana ... sou uma religiosa.
Estou-me lançando como uma freira humorista.
Eu quero muito ter um orfanaaatttttooooo ... porque eu acho que cuidar de criança é uma coisa que RELAAXXXAAAA  a gente.
Pai Nosso dói mais porque a bolinha é maior ...
Não vai falar ... eu sei desenhar .... 
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publicado por Brama às 02:15
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Os verdes muito verdes, os vermelhos muito vermelhos... aquilo parece que sai

É ... é uma pessoa que está com uma pele ...
Lá no meu emprego, se estou macerado ... lá na repartição, também solto o meu grito UUUIIIIIIIIII ...
Devia haver uma lei para proibir os pazzarapis ...
Óscares ... óscares de gajas atrás de mim e vai-me tocar esta ... esta menção honrosa do festival de cinema da porcalhota.
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publicado por Brama às 01:54
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Nélio e Idália - Retrovira seemmm Picos!

É um bicho amori ... é um bicho redondo com pelos, vermelho por fora, azul por dentro.
O bicho ó depois se agarrou à rapaziada que gosta da macacada ... é tipo salminela, gosta do movimento, gosta da palhaçada.
As galinhas são umas malucas, são umas tontas ...
Os ácaros são piolhos que vivem nos sofás e agarraram-se aos buracos dos narizes.
Se a gente conseguisse espirrar pelo cu não apanhávamos sida.
O meu sketch preferido do Nelo e Idália ... sem dúvida
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publicado por Brama às 01:43
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Sábado, 18 de Agosto de 2007

Madredeus - Alfama

E porque adoro esta música e amo de paixão o vídeo ... cá está ...
 
Madredeus - Alfama
Letra De Pedro Ayres Magalhães - Música De Pedro Ayres Magalhães/rodrigo Leão
Agora,
que lembro,
As horas ao longo do tempo;

Desejo,
voltar,
voltar a ti,
desejo-te encontrar;

Esquecida,
em cada dia que passa,
nunca mais revi a graça
dos teus olhos
que amei. 

Má sorte, foi amor que não retive,
e se calhar distraí-me...
- Qualquer coisa que encontrei.
música: Madredeus - Alfama
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publicado por Brama às 19:52
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Barco Negro

 

Barco negro

 

Música: Caco Velho: Piratini

Letra: David Mourão Ferreira

 

De manhã, que medo, que me achasses feia! 
Acordei, tremendo, deitada n'areia
Mas logo os teus olhos disseram que não,
E o sol penetrou no meu coração.[Bis]

Vi depois, numa rocha, uma cruz, 
E o teu barco negro dançava na luz
Vi teu braço acenando, entre as velas já soltas 
Dizem as velhas da praia, que não voltas:

São loucas! São loucas! 

Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a partir,
Pois tudo, em meu redor, 
Me diz qu'estás sempre comigo.[Bis] 

No vento que lança areia nos vidros;
Na água que canta, no fogo mortiço;
No calor do leito, nos bancos vazios;
Dentro do meu peito, estás sempre comigo.

música: Amália Rodrigues - Barco Negro
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publicado por Brama às 19:36
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Meu Amor, Meu Amor

Isto é ..... LINDO!
 

Meu amor, meu amor

 

Música: Alain Oulman

Letra: Ary dos Santos

 

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

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música: Amália Rodrigues - Meu Amor, Meu Amor
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publicado por Brama às 19:25
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Ó Gente da minha Terra

Mariza - Ó Gente Da Minha Terra
Amália Rodrigues
É meu e vosso este fado
Destino que nos amarra
Por mais que seja negado
Às cordas de uma guitarra

Sempre que se ouve o gemido
De uma guitarra a cantar
Fica-se logo perdido
Com vontade de chorar

Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que a recebi


E pareceria ternura
Se eu me deixasse embalar
Era maior a amargura
Menos triste o meu cantar

Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que a recebi
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música: Ó Gente da minha Terra
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publicado por Brama às 01:33
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Sexta-feira, 17 de Agosto de 2007

Happy Birthday!

E ontem a grande Diva do pop completou 49 anos ... aqui vai o início absolutamente notável  do Re -Invention Tour . Vogue, uma das minhas favoritas ...
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música: Madonna - Vogue
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publicado por Brama às 13:22
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Quinta-feira, 16 de Agosto de 2007

Amália Rodrigues - Com que Voz

Com Que Voz

Luís Vaz de Camões - Alain Oulman

Com que voz chorarei meu triste fado,
que em tão dura paixão me sepultou.
Que mor não seja a dor que me deixou
o tempo, de meu bem desenganado.

Mas chorar não se estima neste estado
aonde suspirar nunca aproveitou.
Triste quero viver, pois se me dou
em tristeza a alegria do passado.

Assim a vida passo descontente,
ao som nesta prisão do grilhão duro
que lastima ao pé que a sofre e sente.

De tanto mal, a causa é amor puro,
devido a quem de mim tenho ausente,
por quem a vida e bens dele aventuro.
 
música: Amália Rodrigues - Com que Voz
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publicado por Brama às 05:36
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Uma Vida!

Uma entrada a explodir de vida, salpicada de tons claros, meticulosamente combinados, rosa e amarelo, tons leves, uma combinação que prevê feminilidade, um hall que convida, que celebra a Vida. Do lado esquerdo imediatamente a seguir ao umbral da porta, quando se entra, quatro pequenas telas expostas verticalmente, brancas, salpicadas diferenciadamente de rosa e amarelo, sobre uma jarra de madeira, com ramos simples de flores secas, rosa e amarelo. Do lado direito, duas telas quadradas, não justapostas, uma com uma rosa dobrada amarela junto à porta, outra a seguir com uma rosa rosa, um pouco mais afastada, colocadas imediatamente acima de uma mesinha tom faia, sobre esta uma jarra de metal mate pequena, redonda, pontilhada de flores secas e alguns ramos secos em espiral, ao lado de uma pequena moldura em madeira clara rústica, com uma fotografia de quem fica. Em frente, acompanhando o comprimento do pequeno corredor-hall, quatro fotografias dos que continuam, emolduradas por quatro molduras rústicas de tons acastanhados. Sobre o monóculo da entrada um “espanta-espíritos” multicolor, tão pouco condizente com a finalidade. Seguindo pelo lado direito, de quem entra, ao fundo, um pequeno e perfumado w.c., cuidadosamente decorado. Ao lado a entrada de uma pequena sala escritório que apela a uma morosa permanência, meticulosamente pensada em diversos, mas cuidadosos tons de azul, leves e frescos, uma surpreendente articulação decorativa, em que os vários objectos parecem ter um lugar mais que perfeito, a ausência de um computador apenas,  já desnecessário no seu lugar, uma apelativa combinação que agrada à mais inestética das cores. Imediatamente ao lado da pequena sala escritório, um pequeno quarto, tão simples na decoração quanto perfeito na organização, uma simples cama, um camiseiro, um pequeno televisor sobre o camiseiro, duas mesinhas de cabeceira, antes cada uma para um corpo, um roupeiro, asfixiante de perfeição, as várias peças de vestuário expostas sem inadvertida falha, sem inexactidão, vertiginosamente engomada, clamando por moldarem um corpo, numa gaveta cuecas, noutra meias, noutra cintos, noutra ainda…perfumes, vários, diversos, tão alinhados, tão absurdamente guardados. Vários porta-jóias dispersos, ricamente repletos de um mundo relativamente significante para alguns, mas tão desconhecido para outros. Voltando atrás e imediatamente ao lado do w.c. acompanhando a parede do lado direito de quem entra, um roupeiro que se abre por umas mãos trémulas, agonizantes, por uns olhos de visceral inaceitação, expondo um universo de perplexidade no brio, no esmero dos elaborados critérios que presidiram a tão intocável perfeição … prateleiras pulsantes de vida que já não é, de blusas e blusinhas que não esquecem nenhuma das milhentas combinações do espectro electromagnético, articuladas por tons e texturas, imediatamente abaixo gavetas que escondem outros tecidos, milimetricamente dobrados por quem desespera com  o desalinho, ao lado, casacos e blusões e conjuntos de toalhas que gritam por já não cumprir a sua função … um universo que nos pasma, nos deixa demoradamente em silêncio camuflando o estridente e ensurdecedor tumulto interno, a venosa histeria que percorre o corpo. Do lado esquerdo, de quem entra, primeiramente a ampla e luminosa cozinha, tão luminosa, tão ampla, tão luminosamente fria. Ao fundo, do lado esquerdo, de quem entra, uma salinha de estar, pouco ocupada no início, fatidicamente ocupada no fim,  leve na apresentação, pesada na significação, em tons amarelos, amarelo clarinho, amarelo canário, amarelo limão, amarelo girassol, amarelo sol, amarelo torrado, amarelo Vida … uma mesinha em frente com cadeiras, o sofá do eterno descanso ao lado, um móvel com um televisor, um móvel despido de objectos, apenas com uma

vitrine expondo assimetricamente três elefantes em pedra, com a tromba levantada em sinal de sorte e prosperidade, uns maravilhosos cortinados em organza amarelos com relevos de malmequeres amarelos, uma mesinha ao lado do sofá com os que já partiram (pai e filha), um sofá amarelo, o do sono eterno, com belíssimos ramos florais e uns cartões com sofridas palavras de sangue dos que ficaram. Outrora, uma casa tão cheia, tão viva, plena de juventude, de sonhos, de magia, de frescura, de estima, de luz … agora … vazia … morta … antes de seu tempo, fechada.  

        (em memória da minha prima, incompreensivelmente falecida aos 32 anos)

                                                                                                       Brama

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publicado por Brama às 05:24
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Terça-feira, 14 de Agosto de 2007

Mais Corrupção -- Mais cargos públicos -- Pior gestão económico-financeira -- Mais Corrupção

O título expõe-nos o ciclo da impunidade da corrupção neste país, conducente à degradação do estado financeiro da economia portuguesa,  excelente  substrato  para  a  agudização  de injustiças.

Será mesmo que Portugal não tem dinheiro e o estado das finanças públicas está pelas “ruas da amargura”, ou será isso mais um pretexto para alimentar certos interesses de um punhado de privilegiados sobremaneira instalados. Cá para mim, essa é a mensagem que convém passar para o pessoal da classe média apertar o cinto até à asfixia.

Portugal padece de dois grandes problemas a este nível, o primeiro é uma lamentável e perpétua má gestão do dinheiro disponível, situação que poderia ser minimizada se as pessoas ocupassem os cargos governativos por mérito, pelo currículo, por provas de competência dadas noutros desempenhos e não por favorecimentos, cunhas e compadrios. Basta estar um pouco atento às notícias para ver que quanto mais corrupto se é, mais cargos públicos se desempenha, parece uma premissa essencial. Se se aplicasse mais dinheiro no que fosse realmente prioritário ao país e não em submarinos, estádios de futebol ou viagens de representação com somas absolutamente vergonhosas, talvez se percebesse que o país até tem dinheiro e talvez se pudesse minimizar o discurso do eterno desgraçadinho. Custa-me acreditar que um país onde ao longo de vinte anos foram injectados fundos estruturais, sem resultados visíveis no desenvolvimento, comparativamente a outros no seio da UE, não tenha dinheiro. Até países de leste recém entrados para o espaço da União já revelam parâmetros de crescimento e desenvolvimento superiores … basta ver o exemplo da Eslovénia que, no primeiro ano de entrada na UE, ultrapassou imediatamente Portugal num conjunto de indicadores de desenvolvimento … quase tão estranho quanto o fenómeno de aparição de Fátima aos três pastorinhos … Mistééérrrriiiiioooooo!

O segundo grande problema estrutural é que temos uma classe de gente altamente favorecida que não quer de maneira alguma abdicar das regalias já adquiridas, reforçando ainda mais o já gritante ciclo de pobreza ... claro está, isso só se consegue à custa da exploração e dos sacrifícios das classes média e média-baixa que têm cada vez maiores dificuldades em fazer face às mais elementares despesas do dia-a-dia. Não será por acaso que o nosso país, segundo os entendidos na matéria, se está a transformar no Brasil da Europa, em que as disparidades sociais e económicas estão cada vez mais acentuadas, entre um conjunto de bem instalados, que agradecerão todos os dias às elevadas santidades, o facto de terem nascido num país em que a impunidade marca pontos e assim, sentirão um orgulho imenso em ser portugueses e a maioria de desgraçados, explorados até à exaustão para continuar a sustentar as mordomias de suas excelências bem instaladas, mas que por analfabeta ignorância, também sentem o orgulho nacional dar tréguas, nem que seja pelas cores vermelha, verde ou azul, pobrezinhos mas felizes e …. de memória beeemmmm curta.

Ora … pois então … e viva a justiça nacional!

                                                                               Brama

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publicado por Brama às 02:04
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Segunda-feira, 13 de Agosto de 2007

Juno Reactor (feat. Natacha Atlas) - God is God

E a propósito da temática do post anterior, o que é ou quem é Deus ... lembrei-me de um dos meus vídeos favoritos de sempre. É simultaneamente estranho, assustador mas belíssimo também, acho que tem uma atmosfera única que nos reporta para uns quantos séculos antes ...
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música: Juno Reactor & Natacha Atlas - God is God
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publicado por Brama às 02:15
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Quem ou o que é Deus?!

 

 (Imagens retiradas da Internet)

Após o polémico e incompreensível desaparecimento da minha prima, a sua irmã assaltada por uma dor imensa que lhe oprimia o coração e por uma angústia revoltada pela natureza da inconcebível tragédia, estava em casa manuseando dois ímanes. Observando a inquietação de seu filho, mergulhado numa profunda tristeza pela morte da tia e imbuída, como é de qualquer progenitora, da instintiva e prioritária necessidade de apaziguar a inocente cria, chamou-o para perto de si. A criança  aproximou-se lavada em lágrimas, não conseguindo entender se aquilo era mesmo o fim, se nunca mais iria ver a sua tia, se a deixaria de a ter consigo para sempre. A mãe, olhando-o com a ternura própria das mães e refreando um pouco a sua dor, disse-lhe, aproximando dois ímanes:   

_ Olha D., estás a ver isto? Isto é que é Deus.

D. olhou-a surpreendido com a afirmação, com os seus oito anos de brilho ingénuo e curioso, perguntando-lhe, imediatamente ávido por saber mais:

_ Mas …mãe, não ‘tou a perceber. Isso é Deus?! Que queres dizer com isso?

Descansada pela previsível pergunta, explicou-lhe então:

_ Estás a ver a atracção que se gera pela aproximação dos ímanes? … essa atracção é Energia …embora não se veja, em tudo há Energia… na água, nas plantas, nos animais, entre os humanos … existem princípios de atracção e repulsão dos corpos na Terra, entre a Terra e os outros planetas, entre os planetas e as estrelas, em todo o Universo … essa Energia é, no fundo o que permite a existência de vida … tudo é Energia e nada desaparece, tudo se mantém no sistema, apenas muda ou se transforma noutra coisa qualquer. Sendo assim, a tia não morreu, ela só se transformou noutras coisas, a sua Energia dispersou-se no ar, na terra, nas plantas, nos animais, ela continua a existir, mas com outra forma … é essa Energia que é Deus, uma força invisível que atrai ou repele os diferentes corpos … Percebeste agora filho?

Esta foi a melhor forma que a minha prima encontrou naquele momento de grande desorientação, de explicar ao filho o que era Deus, acalmá-lo um pouco em relação à morte da tia … e quanto a mim, foi sem qualquer dúvida talvez a melhor explicação que já ouvi em relação a essa entidade designada de Deus, ou pelo menos a mais concreta e plausível.

Desde pequenos somos ensinados a seguir e respeitar Deus, a não fazer certas coisas pecaminosas porque Deus vê, ouve ou sente e depois castiga-nos e condena-nos, porque Ele é omnipresente, omnipotente e omnisciente e, ouvimos logo estes palavrões em pequenos, desconhecendo o seu significado mas, ficamos logo a julgar que são capacidades únicas e coisas assustadoras que convém respeitar rigidamente. No fundo, passam-nos a ideia de Deus quase como uma figura próxima da humana, mas de qualidades e capacidades únicas que não estão acessíveis aos meros e mortais humanos. Até me lembro que quando era miúdo confundia Deus com Jesus Cristo e nunca ninguém me explicou como é que o Homem tinha evoluído a partir dos símios mas o primeiro homem e a primeira mulher eram perfeitíssimos, à imagem do Homem actual.

Também usamos correntemente expressões ao longo da vida alusivas à entidade Deus, tais como: “Graças a Deus”, para agradecer por exemplo um emprego que se obteve com maior probabilidade por favorecimento ou sorte e em menor probabilidade, por mérito pessoal e que, num ataque de presunção ou complexo narcisista depreendemos que Deus já o tinha escolhido para nós em detrimento de outros humanos inferiores; ou, “Por Amor de Deus”, para condenar ou reprovar uma lamentável atitude, postura ou opinião alheia, que seria descabida, se aquele indivíduo se norteasse pelos seguimentos divinos. Estas expressões são de igual forma pronunciadas por acérrimos religiosos, mono ou politeístas, ateus ou agnósticos, o que depreende uma utilização baseada meramente na imitação e na repetição.

Eu continuarei a pensar que Deus não é nenhuma entidade exterior a nós e/ou que está acima de nós mortais, unanimemente entendida como perfeita, rígida que anda por aí anotando no caderninho do mundo, quem fez mal, quem fez bem, quantos pecados tem este e aquele, tudo contabilizado para o dia do juízo final. Vou continuar a entender que Deus habita em cada um de nós, que é uma extrema força intrínseca ao nosso ser e que consegue mais do que nós supomos ou algum dia imaginámos … ou seja, cada um de nós, seres viventes tem um Deus dentro…se quiserem … e porque não, até poderá ser a tal Energia que a minha prima tentou esclarecer ao filho.

 

                                                                                                                                                                                          Brama     

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música: Enya - Várias

publicado por Brama às 01:20
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Domingo, 12 de Agosto de 2007

Rochedo!

Somos sempre mais fortes do que aquilo que imaginamos ... dentro de cada um de nós há um rochedo!

 

Temos a capacidade única de, por vezes, rir na cara das nossas adversidades.

 

 

Deus não é mais que a força que habita em cada um de nós. 

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publicado por Brama às 16:27
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Amália por Amor

Dulce Pontes & Ennio Morricone - Amália por Amor
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música: Amália por Amor
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publicado por Brama às 16:00
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Dulce Pontes - Cinema Paradiso

 
Era uma vez
Um rasgo de magia
Dança de sombra e de luz
De sonho e fantasia
Num ritual que me seduz
Cinema que me dás tanta alegria

Deixa a música
Crescer nesta cadência
Na tela do meu coração
Voltar a ser criança
E assim esquecer a solidão
Os olhos a brilhar
Numa sala escura

Voa a 24 imagens por segundo
Meu comovido coração
Aprendeu a voar
Neste Cinema Paraíso
Que eu trago no olhar
E também no sorriso
sinto-me:
música: Dulce Pontes - Cinema Paradiso
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publicado por Brama às 15:47
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Dulce Pontes - Lágrima

Quem, melhor que a Dulce Pontes para prestar esta linda e sentida homenagem à maior fadista de todos os tempos.
 Amalia Rodrigues - Lágrima

Cheia de penas me deito
E com mais penas me levanto
Já me ficou no meu peito
O jeito de te querer tanto

Tenho por meu desespero
Dentro de mim o castigo
Eu digo que não te quero
E de noite sonho contigo

Se considero que um dia hei-de morrer
No desespero que tenho de te não ver
Estendo o meu xaile no chão
E deixo-me adormecer

Se eu soubesse que morrendo
Tu me havias de chorar
Por uma lágrima tua
Que alegria me deixaria matar

música: Dulce Pontes - Lágrima
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publicado por Brama às 15:40
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Grito para não chorar!

Hoje acordei nostálgico ... Ai, como dói a solidão quase loucura ...

 

Amalia Rodrigues - Grito
(na excelente voz de Gonçalo Salgueiro)
Silêncio!
Do silêncio faço um grito
O corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco.

De sombra a sombra
Há um Céu...tão recolhido...
De sombra a sombra
Já lhe perdi o sentido.

Ao céu!
Aqui me falta a luz
Aqui me falta uma estrela
Chora-se mais
Quando se vive atrás dela.

E eu,
A quem o sol esqueceu
Sou a que o mundo perdeu
Só choro agora
Que quem morre já não chora.

Solidão!
Que nem mesmo essa é inteira...
Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura.

Ai, solidão
Quem fora escorpião
Ai! solidão
E se mordera a cabeça!

Adeus
Já fui para além da vida
Do que já fui tenho sede
Sou sombra triste
Encostada a uma parede.

Adeus,
Vida que tanto duras
Vem morte que tanto tardas
Ai, como dói
A solidão quase loucura.

 
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música: Gonçalo Salgueiro - Grito
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publicado por Brama às 15:21
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Sábado, 11 de Agosto de 2007

Patrick Wolf - Libertine

Esta música é ... maravilhosamente bela, adoro excessivamente.     
                                                                                                                                   Brama
 
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música: Patrick Wolf - Libertine
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publicado por Brama às 04:24
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Placebo & David Bowie - Without you I'm nothing (live)

Strange infatuation seems to grace the evening tide
I'll take it by your side
Such imagination seems to help the feeling slide
I'll take it by your side
Instant correlation sucks and breeds a pack of lies
I'll take it by your side
Oversaturation curls the skin and tans the hide
I'll take it by your side

Tick tock
Tick tock
Tick tick
Tick
Tick
Tick tock

I'm unclean, a libertine
And every time you vent your spleen
I seem to lose the power of speech
You're slipping slowly from my reach
You grow me like an evergreen
You've never seen the lonely me at all

I
Take the plan, spin it sideways
I
Fall
Without you I'm nothing
Without you I'm nothing
Without you I'm nothing
Take the plan, spin it sideways
Without you I'm nothing at all
música: Placebo & David Bowie - Without you I'm nothing
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publicado por Brama às 04:13
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Água tépida!

Estou a precisar de tomar rapidamente um banho de água tépida.

 

                                                                                                                     C.S.LR.

música: Portishead - Roads
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publicado por Brama às 04:03
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REM - Drive

Este vídeo absolutamente simples é a prova de que muitas vezes as coisas mais simples são as que mais nos tocam ... este vídeo é maravilhoso e emociona-me ao ponto das lágrimas ... transmite muita beleza e sensações fortes. A música, essa ... é linda.
                                                                                                                                             Brama
 Smack, crack, bushwhacked.
Tie another one to the racks, baby.

Hey kids, rock and roll.
Nobody tells you where to go, baby.

What if I ride ? What if you walk ?
What if you rock around the clock ?
Tick-tock. Tick-tock.
What if you did? What if you walk ?
What if you tried to get off, baby ?

Hey, kids, where are you ?
Nobody tells you what to do, baby.

Hey kids, shake a leg.
Maybe you're crazy in the head, baby.

Maybe you did. Maybe you walked.
Maybe you rocked around the clock.
Tick-tock. Tick-tock.
Maybe I ride. Maybe you walk.
Maybe I drive to get off, baby.

Hey kids, shake a leg.
Maybe you're crazy in the head, baby.

Ollie, ollie.
Ollie ollie ollie.
Ollie ollie in come free, baby.

Hey, kids, where are you ?
Nobody tells you what to do, baby.

Smack, crack. Shack-a-lack.
Tie another one to your back, baby.

Hey kids,
rock and roll.
Nobody tells you where to go, baby.

Maybe you did. Maybe you walk.
Maybe you rock around the clock
Tick-tock. Tick-tock.
Maybe I ride. Maybe you walk.
Maybe I drive to get off, baby.

Hey kids, where are you ?
Nobody tells you what to do, baby.

Hey kids, rock and roll.
Nobody tells you where to go, baby, baby, baby.
música: REM - Drive
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publicado por Brama às 03:35
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