O texto que se segue poderia ser longo, diverso, brilhantemente matizado e até divertido mas, dado que Brother Z já descreveu o essencial no seu espaço Some Ridiculous Thoughts e entrar em pormenores até pitorescos só poderia fazer entristecer-me por já ter regressado, ficarei por uma breve síntese descritiva.
Evidentemente que foi bom, muito bom, foram umas férias pautadas por uma adequada cadência de acontecimentos, sem sobressaltos de maior, uma utilização adequada de tempos e visionamento de espaços. Este parágrafo está um pouco macarrónico mas foi mesmo o que saíu.
De Lisboa voámos pela noite dentro, chegando ainda antes de romper a madrugada à belíssima capital da República Checa, Praha ou, como costumamos nós designar, Praga. Tal como previsto e parece ser de opinião consensual, beleza arquitectónica é aqui uma verdadeira "praga" e tentar encontrar um edifício que seja menos bonito nesta maravilha urbana é mesmo quase tão difícil quanto encontrar uma agulha num palheiro. Acaba por ser uma cidade algo cansativa, tal a quantidade de património arquitectónico a que atender. Apetece girar a objectiva em todos os ângulos captando incansavelmente todas as perspectivas possíveis até que por fim, se cede ao cansaço e torna-se quase desprezível observar mais um edifíco lindo de morrer, com a majestosidade e elegância certas. Karluv Most é o ponto de maior densidade demográfica da cidade a qualquer hora do dia, estando apinhada de milhares de turistas a todas as horas que a fotografam milhões de vezes por dia. Apesar de tudo, penso que não deverá ser fácil para os autóctones enfrentar a fúria fotográfica diária de toda esta tormenta turística. O rio Vltava que acompanha a cidade que o ornamenta de pontes diversas dá o toque final que torna esta cidade mágica.
O essencial da cidade estava visto ao fim do segundo dia e restando ainda um dia inteiro, parecia-nos óbvio que algo de diferente deveria ser feito para ocupar o tempo. Tatuar o corpo, deixando registada uma bela memória para a posteridade, pareceu-nos a opção certa e mais que evidente ... assim foi (ver fotos em Some ridiculous thoughts).
Três dias depois estávamos nós mais uma vez a voar, desta vez para Amesterdão. Chegados à Centraal Station no início da manhã, eis que a capital da lúxuria, do excesso e de quase todas as liberdades individuais, igualmente bela (não se pense que só Praga é que o é), nos abraça, agradada que estava por se permitir dispôr da nossa estadia por cinco fantásticos dias. A partir do momento da saída da Estação Central de Amesterdão, quase tudo aquilo que vos permita a imaginação teve lugar, permitindo-nos vivenciar os dias que se seguiram com muita intensidade e uma profusão de surpresas.
Amesterdão é uma cidade muito bonita, por momentos surreal, acolhedora, quente (apesar das elevadas latitudes), animada, viva, surpreendente, romântica, livre, diversa, bem disposta, sem pudor e muitas vezes, excessiva. O excesso é a pedra de toque que dá um carácter especial a esta urbe, tornando-a por vezes incomodativa, chocante, outras desejável, viciante. Por falar em vícios, que tal um "cafézinho" num qualquer coffeeshop dos milhares que abundam pela cidade?
Amesterdão é: liberdade, drogas, sexo, fast-food, coffeeshops, canais, pontes, janelas sem cortinas, corridas nos parques, passeios com cães de raça, gatos robustos, festas em barcos, bares ambulantes, multi-etnicidade, van ghog, anne frank, pink point, homonumental, mark raven, mercados de flores, dragões do komodo ... isto e muito mais e sobretudo milhões de bicicletas (por falar nisso, atenção à forte probabilidade de vitimização por atropelamento de velocípede).
Só em Amesterdão é possível ter uma loja de artigos leather para sadomasoquistas paredes meias com uma ervanária ou uma loja de artigos de bebé e brinquedos infantis; só em Amesterdão somos advertidos para não cometer o crime de fumar um inocente cigarro quando do lado esquerdos há drogados que tombam nas mesas e do direito prostitutas em vitrines que cobram 50 € por um blowjob; só em Amesterdão é possível ter numa mesma loja, uma secção de livros infantis imediatamente ao lado da secção porno-erótica, onde se exibem despudoradamente as mais bizarras formas de dar o corpinho ao manifesto; só em Amesterdão é possível ver de mãos dadas uma mulher quase nua e outra de burkka; só em Amesterdão para verter águas num urinol de rua imediatamente junto à azáfama de famílias e famílias que se cruzam freneticamente; só em Amesterdão para constatar que a especialização vai ao ponto de um hotel gay ser algo ultrapassado quando se pode ter um hotel gay para público que veste leather; só mesmo em Amesterdão para encontrar uma loja gay de roupa interior com a designação de "Church" ou um inocente bar numa área fortemente frequentada por todas as famílias de bem, de seu nome "Cockring".
Amesterdão é isto, aquilo, um pouco de tudo ... sem dúvida uma cidade que nos prende desde o primeiro momento e que deixa uma grande vontade de voltar uma e outra vez.
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