No último dia, eis que teve lugar o grande motivo, a razão primordial, o busílis da nossa ida a Amesterdão já e já. Os tickets para Ela estavam comprados ... oh que grande chatice! lá tivemos de ir para Amesterdão pois então, quando podíamos ter ficado no país do repentino e surpreendente sucesso escolar num só ano lectivo (não foi inventado por mim,foram os ministros que o disseram há pouco).
Bem, voltando à rapariga de que falávamos, os bilhetes estavam comprados e faltava vê-la ...logo por azar no pior dia de toda a nossa permanência lá fora ... Deus meu que choveu o dia todo. Fomos reconhecidos, validados e certificados como heróis ao resistir estoicamente a quase todas as intempéries sem pestanejar, esmagados por uma populaça que se amontoava numa parafernália de histeria colectiva só para a ver. Esmagados estivemos horas à chuva e ao frio. Para nos aproximarmos o mais possível d'Ela, sujeitámo-nos a galgar mil obstáculos entre os quais, cadeiras, bancos, colchões de ar, cartas, plásticos, garrafas de água, sombrinhas, fruta, pedaços de hamburguer mesclados com batatas fritas com maionese e outros resíduos orgânicos, devidamente empapaçados com abundantes quantidades de água e por pouco, pessoas. Durante as longas horas de espera, os cenários mais impensáveis tiveram lugar só para chegar a Ela. Abertas as portas, mostrámos a nossa resistência com um sprint final, coagidos que fomos pela gentalha que, dos 15 aos 80 anos, corriam desmesurada e loucamente, quais antílopes do Serengeti tentando escapar ao velocista leopardo-caçador . Todos queriam chegar o mais perto possível d'Ela, para verem em primeira mão duas horas do maior espectáculo do mundo protagonizado pela tonificada cinquentona e respectiva comitiva. Todos queriam sentir de perto a energia esmagadora e electrizante da Musa Pop, a mais das mais de sempre e para sempre. Seguiram-se mais horas de espera ... cantou uma qualquer que já ninguém se lembra quem era até ao momento em que ..... se apagam as luzes e a Fábrica de Guloseimas com um bombardeamento exaustivo de cores profusas e sonoridades industriais deu o mote à compota que se seguiria. No meio do cenário surge-nos no trono a Rainha em pose provocatória e com o seu ceptro ditou as regras de quem exige o melhor no seu espectáculo ... e a Loja de Doçaria apresentou-se-nos luxuriante. A engrenagem industrial estava bem oleada, os sentidos foram apurados e o paladar mais que estimulado. Tudo aconteceu em duas horas e tão repentinamente e o Jogo foi dado por terminado quando queríamos que começasse. Agora é repetir a guloseima em Lisboa.
Brama
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