(Foto retirada da Internet)
Dotada de uma extensão vocal prodigiosa e inigualável genialidade interpretativa, reconhecida por alguns e incomodativa para outros, a cantora norte-americana de ascendência grega Diamanda Galás, apresenta uma performance artística que se pauta, antes de mais, pela sua surpreendente originalidade. Cantora lírica e pianista, miss Galás opta por um caminho artisticamente tortuoso, musicalmente suicida ... em detrimento de um percurso mais fácil e de sucesso artístico garantido, como mais uma típica soprano ou, quem sabe, uma cantora pop/rock com um poder vocal acima da média. Defensora mordaz de direitos humanos, opõe-se à discriminação de diversas minorias, à hipocrisia de sistemas políticos vigentes, de posicionamentos religiosos, é sistematicamente polémica por contestar as injustiças da ordem instituída, mostrando categoricamente, na sua voz, na sua atitude, a expressão máxima dessa revolta e dos demónios que fervilham e se degladiam no seu interior. Segundo as suas próprias palavras "A minha voz é um instrumento de tortura para os meus inimigos, mas de forte inspiração para os meus amigos". A mim inspira-me porque sinto que expõe na força, no enervamento da sua voz a revolta que, com um ou outro reparo, também é a minha revolta, verbalizando e traduzindo em sons diversos, os gritos que silencio, que continuamente abafo no meu interior, que dia após dia e uma vez mais ... tento apaziguar. No fundo não será o que se passa com cada um de nós ?! Ela limita-se a exprimir o que primitivamente habita nas profundezas da nossa essência, que está lá, intacto e tão virgem e tão puro mas, que já há muito, nos habituámos por força de um complexo e múltiplo processo de socialização, a não deixar transparecer, vitimizando-nos uma e outra vez mais, ou quem sabe, enobrecendo-nos ... mas seguramente artificializando-nos.
Brama
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