Unable so lost, I can't find my way, Been searching, but I have never seen, A turning, a turning from deceit. ‘Cause the child roses like, Try to reveal what I could feel, I can't understand myself anymore, ‘Cause I'm still feeling lonely, Feeling so unholy. ‘Cause the child roses like, Try to reveal what I could feel, And this loneliness, It just won't leave me alone, oh no. I'm fooling somebody, A faithless path to roam, Deceiving to breath this secretly, A silence, this silence I can't bear. ‘Cause a child roses light, Try to reveal what I could feel, And this loneliness, It just won't leave me alone, oh no, And this loneliness, It just won't leave me alone. A lady of war, A lady of war.
Ohh, can't anybody see We've got a war to fight Never found our way Regardless of what they say How can it feel, this wrong From this moment How can it feel, this wrong Storm.. in the morning light I feel No more can I say Frozen to myself I got nobody on my side And surely that ain't right And surely that ain't right Ohh, can't anybody see We've got a war to fight Never found our way Regardless of what they say How can it feel, this wrong From this moment How can it feel, this wrong INSTRUMENTAL How can it feel, this wrong From this moment How can it feel, this wrong Ohh, can't anybody see We've got a war to fight Never found our way Regardless of what they say How can it feel, this wrong From this moment How can it feel, this wrong
Numa altura em que estamos prestes a iniciar um novo ano lectivo cheio de aspectos agradáveis e altamente motivantes para os professores que sempre se empenharam em ser verdadeiros profissionais nestas questões, tenho pensado e até trocado umas impressões acerca da possibilidade ou não de fazer uso da objecção de consciência na questão da avaliação de professores.
Esta questão ganha dimensão quando se compara, por exemplo, com a recente polémica dos médicos que são objectores de consciência na questão da realização de abortos. Num momento em que o sim ganhou no referendo à despenalização voluntária da gravidez, alguns profissionais da saúde, alegando princípios e valores pessoais (que não é propósito discutir), continuam a não realizar abortos, o que pode ser justificável se, posteriormente não o fizerem a nível privado, correndo o risco de cairmos aqui numa contradição de princípios. E porque não dar a mesma liberdade aos docentes que vão ter o tal estatuto nobre e segregante de titularidade, quando se trata da questão da avaliação dos colegas de trabalho, meros e singelos professores, já para não falar dos outros, aqueles que por serem reles contratados, nem professores são, os pomposamente designados “candidatos a professor”?
Alguns dirão já, sobretudo quem está fora do ensino e da forma meticulosamente perversa como foi “cozinhada” a fórmula mágica a pôr em prática na avaliação de desempenho profissional dos docentes, que não entendem o porquê de tão grande alarido com esta questão, se afinal noutras profissões a avaliação é uma prática corrente e até benéfica para as aprendizagens e a melhoria profissional. Outros até consideram muito positiva esta avaliação para que os professores, esse bando de gente malfeitora e preguiçosa que “falam de barriga cheia”, que só têm privilégios, muitas férias e não fazem nada, comecem finalmente a fazer; estes são os tais que não sabem mesmo do que estão a falar e a maior parte das vezes, generalizam um ou dois casos flagrantes de demissão profissional a toda a classe de profissionais do ensino.
A fórmula usada para avaliar os professores assume um carácter pernicioso no aspecto em que não pretende premiar quem realmente se preocupa com a qualidade e o rigor das aprendizagens dos alunos pois, como generalizadamente se sabe, o bom professor é aquele que por norma também é mais exigente consigo e por arrasto com os resultados reais de quem está à sua frente … neste momento o professor mais exigente terá tudo contra si, pois será penalizado pelos baixos resultados dos seus alunos (se for o caso, claro) e pela avaliação dos pais, que como se sabe, hoje em dia vêem com maus olhos os professores que dão más notas aos seus educandos. Num momento em que o professor será penalizado pela percentagem de maus resultados atribuídos aos seus alunos, qual é a mensagem que passa? Parece-me óbvia para todos … premeia a qualidade? …não creio …
As escolas já começaram a ser dotadas de todo o equipamento mais que necessário a uma avaliação tão exigente, para melhorar as práticas e as aprendizagens?! O número de alunos/turma já reduziu para permitir melhorar as aprendizagens e finalmente, conseguir diversificar estratégias, chegar a todos, isto é, aos que têm diferentes ritmos de aprendizagem, sem penalizar também os bons alunos?! A carga horária de algumas disciplinas já aumentou, no sentido de dar real, efectiva e viva continuidade aos conteúdos leccionados, sobretudo no terceiro ciclo, altura em que os alunos têm menor autonomia e pedagogicamente deveriam ter maior presença e acompanhamento do professor?! O número de disciplinas, sobretudo no terceiro ciclo já diminuiu, para que os alunos não se percam, cheguem ao final do ano lectivo conhecendo todos os professores e os conselhos de turma não se tornem souks marroquinos em vez de reuniões de trabalho?! Esta e outras questões se poderiam colocar, pelos vistos sem resposta que se veja. A fórmula mágica não resultará sem os dados todos funcionarem no mesmo sentido … haja honestidade e assuma-se que a qualidade educativa não é o objectivo, mas sim a contenção de despesas …
Outro aspecto que foi surpresa foi a elevada percentagem de docentes que conseguiram o tal cargo de titularidade, os que serão pastores do restante rebanho, estranhamente elevada para um quadro educativo de elevado desleixo e ausência de profissionalismo … afinal em que ficamos, os professores são incompetentes ou não? Não será isto tudo mais uma desculpa semelhante àquela que orientou os EUA a invadir o Iraque alegando ser este detentor de armas de destruição massiva?!
Também creio que estar na pele de carrasco titular e passar a conviver com situações melindrosas por parte da classe de cordeiros alvo de avaliação também não será tarefa fácil , cordeiros esses que também já passaram por uma avaliação pedagógica e científica, estagiaram e foram bem sucedidos, deram o melhor possível durante anos, sem qualquer benefício adicional, premiados com “congelamentos” na transição de escalões e muitas vezes, tiveram as turmas mais indisciplinadas e os cargos mais penosos que, os agora titulares, não desempenharam por puro acomodamento profissional aos anos, quando supostamente seriam os mais experientes.
Será que quando se depreende uma degradação nas futuras relações humanas na Escola, a criação de um nocivo sentimento de competitividade e receio instalado, prejudicial às próprias práticas lectivas e pedagógicas por oposição ao que deve ser realmente uma Escola enquanto motor de educação, de transmissão de práticas e atitudes positivas de entreajuda, empatia, compreensão, respeito, espontaneidade, …não fará sentido apelar à objecção de consciência?! Fica a questão …
Brama
Em cada um de nós tudo habita, como uma cartola de um mágico, da qual em cada momento retiramos o que nos dá mais jeito.
Brama
A Vida é uma roleta russa ... o problema é que eu detesto jogos.
Brama
O aquecimento global do Mundo contrapõe-se ao arrefecimento gradual do Homem.
Brama
Já não sei se as pessoas são boas ou más ... sei que andam quase todas um pouco perdidas.
Brama
Antes de mais convém explicitar que enquanto ser humano com alguma sensibilidade e sentido de humanidade (assim o entendo), observo as touradas como um espectáculo de puro divertimento sádico e doentio, que radica numa tradição desadequada dos dias de hoje e da forma como a própria sociedade está configurada actualmente em termos da própria percepção humana das coisas … portanto, digo e repito, é um espectáculo doentio e da mais pura crueldade sanguinária … e acresce que revela de igual modo, uma cobardia indescritível do Homem, já que é um cenário de desequilíbrio entre a força bruta de um animal corpulento que apenas age instintivamente (o Touro) e um conjunto de bestas, que no caso específico dos envolvidos, foram lamentavelmente abençoados ou amaldiçoadas pela racionalidade (comummente designados de homens) … ou seja a coisa fica duplamente penosa para o touro, que sozinho e apenas movido pela espontaneidade de seus actos confronta um grupo de seres que se movem pela estupidez.
E então, após este preâmbulo, aqui vai uma listinha de simples argumentos, utilizados por gente, normalmente fadada pela imbecilidade, todos eles absurdos, para continuar a permitir que estes momentos de manifestação de masculinidade (sabe-se lá porquê... e de produção de testoterona), tenham o seu lugar cativo:
Argumento 1 – “Faz parte da tradição”
Este é o argumento clássico, o refúgio mais imediato de quem se encosta a factores convencionados, que facilmente nos descansam logo já que é unânime pensar-se que é muito feio mexer na tradição, afinal ela é a expressão máxima daquilo que nos é peculiar … quem é que se atreve?!
Nesse caso, em prol da tradição, vamos parar no tempo ou regredir e então, podemos começar por retirar o direito de voto às mulheres (como era de tradição), escravizar os negros (foi prática secular … porque não manter?!), divertirmo-nos também com os leões a devorar homens na arena (espectáculo com muitos adeptos e de tradição no Império Romano, era mesmo um momento alto) ou até, queimar em autos de fé, tudo o que era entendido como gente perturbada ou doentia, os acusados de bruxos e bruxas, os homossexuais e outras deficiências físicas e psíquicas … porque não, ( na Idade Média era um mimo … o pessoal delirava vendo os corpinhos alheios arder, era mesmo gracioso) …
Por favor quem alega a tradição não sabe mesmo o que diz …
Argumento 2 – “É um espectáculo como outro qualquer, quem gosta
gosta, quem não gosta não vê, nem precisa de ir”
Que argumento escandalosamente hipócrita, fazendo jus a uma liberdade de escolha de cada um nas suas decisões (fica sempre bem porque pressupõe-se que há respeito democrático), para justificar a perpetuação de um massacre …é pena que o touro também não possa escolher participar ou não, acho que ficaria bem estender esse humanismo dando liberdade de decisão ao principal protagonista e estrela no espectáculo.
Argumento 3 – “O touro é bem tratado como nenhum outro animal
antes das touradas”
Uau…ficámos todos elucidados, sendo o touro bem tratado antes disso, está mais que justificado que tenha de ser massacrado depois … é uma questão de equilíbrio … sim, faz todo o sentido.
Argumento 4 – “O touro existe para esse fim”
Este argumento revela o mesmo nível intelectual da expressão “estar vivo é o contrário de estar morto”. Nem consigo lá chegar … fico sem palavras … mas é imaginativo sim senhor.
Argumento 5 – “Sem as touradas o touro seria uma espécie que se
extinguiria”
Portanto isto remete-nos para a existência das outras espécies apenas e exclusivamente ao serviço do belo prazer dos humanos, nem que seja para a tortura. E tenta atacar e calar os ecologistas pela parte mais sensível … é que na iminência do espectáculo desaparecer, os touros coitados não têm lugar neste planeta …
Então eu penso que prefiro sem dúvida a extinção de uma espécie à sua exclusiva existência ao serviço do sadismo incompreensível do Homem … prefiro não ter de ser presenteado por estes espectáculos de horror.
Este argumento acaba por ser curioso, sobretudo quando o Homem não está preocupado com o desaparecimento diário de centenas de espécies animais e vegetais do planeta Terra, algumas sem sequer chegarem a ser descobertas, isto claro … pela penalização ambiental que o Homem inflige à Terra.
Argumento 6 – “Então e os animais que sofrem enjaulados,
as condições dos matadouros, os aviários,
os cães e gatos abandonados e maltratados,
o negócio das peles”
Este é o argumento cobarde … na ausência de verdadeiros argumentos tenta-se desviar a discussão do seu propósito inicial, trazendo outros temas à conversa e assim dispersar os incautos … além de que é absurdo porque, procura justificar a continuidade de um espectáculo de tortura e sofrimento fundamentado na premissa de que há outros piores, ou seja … não tem qualquer mal este continuar. Seria o mesmo que: caíu um avião no Brasil, provocando 150 mortos, mas isso não tem qualquer importância, até porque no tsunami do sudeste asiático morreram uns quantos milhares ???!!!
Argumento 7 – “Você não come carne?”
Que golpe baixo e sem nível, ou seja, as pessoas que comem carne porque são omnívoras, têm de compreender que exista então um espectáculo em que um outro animal é torturado para divertimento do povo. Isto é, justifica-se um espectáculo de diversão humana, dispensável e psicótico por uma necessidade.
Argumento 8 – “É um espectáculo bonito.”
Ahhhh … agora fiquei emocionado, juro que me tocou este argumento … que bonito! Pressuponho que o touro tenha uma opinião diferente, mas pronto, será apenas por espírito de contradição. Aposto que os romanos iam ao rubro, vendo uns quaisquer miseráveis serem furtivamente devorados pelos leões esfaimados, deveria ser mesmo lindo, não vos parece?! E então, o povo leproso e desdentado, cheio de escorbuto e maleitas várias em êxtase, vendo um azarado qualquer a fumegar num auto de fé e a feder a porquinho queimado, digam lá que não era o momento alto e mais emocionante de passar o tempo na Idade Média, quase que aposto que se divertiam mais que um joguinho entre o Sporting e o Benfica…
Argumento 9 – “A ideia que se tem do sofrimento do touro é
errada, porque as farpas são como agulhas
para nós.”
De momento não me lembro de mais argumentos assimmm, que apele a uma inteligência prodigiosa, como estes. Se alguém se lembrar sugiro que me diga, agradeceria.
Brama
Situação A:
(conversa no café entre dois amigos professores E. e Z.)
E: _ Olha Z. desculpa lá, mas não percebo como é que o Miró é um
grande pintor, o que faz ele de tão espectacular, alguns dos
quadros são perfeitamente anedóticos, um fundo branco com
uma bola e um traço ou dois, isso é arte? Qualquer criança faz
isso sem grande esforço ou até melhor.
Z: _ Se não percebes arte mais vale estares calado, que só te
enterras. Como sabes, eu gosto muito do Miró e não aprecio
particularmente o Dali que tu tanto idolatras. Olha a F. até se
riu quando eu lhe disse a tua opinião sobre o Miró,
ela que perde imenso tempo a analisar os quadros do Miró e a
retirar deles informação. Nos do Dali nem repara, acha-os
elementares… e como sabes ela é professora de artes, ela
melhor que ninguém sabe do que fala, não te parece?!
E: _ Pois é a necessidade de ser diferente, gostava de perceber o
que têm os quadros do Miró que façam perder tempo e qual
é o trabalho de fazer uns traços sem nenhuma complexidade,
aleatoriamente … vermelhos ou azuis … se fosse uma criança
não tinha interesse, mas como é do Miró a coisa é logo muito
diferente, pois claro. E os quadros do Dali são elementares?!
Por favor …
Z: _ Ah…ok, então quer dizer que é uma questão de trabalho.
Os quadros do Dali dão mais trabalho a fazer, logo, são arte,
os do Miró são ridículos e como não dão trabalho, já não são
arte … por favor, que falta de sensibilidade artística. Arte é
então aquilo que dá mais trabalho?! Primeiro tens de perceber
o que é arte … e fica sabendo que o Miró iniciou-se como
outros pintores, consegue representar fielmente uma paisagem
se for esse o objectivo.
E: _ Então mais me ajudas, isso só agrava a situação, se ele de
facto podia representar fielmente por exemplo uma paisagem,
porque se fica por uns tracinhos e uns bonequinhos que
qualquer criança faz, porventura até escolhendo cores mais
bonitas?! Parece-me no mínimo absurdo, não te parece?!
Z: _ Não, claro que não ….ai, chega, cala-te de uma vez…a F.
explicava-te isso bem e arrumava com o assunto. O Miró
começou por desenhar por exemplo uma árvore, reproduzindo-
-a na perfeição, depois a pouco e pouco foi simplificando as
formas, até ao ponto de uma árvore ser por exemplo apenas
dois traços, entendes?! Simplificação das formas, porque ele
entendeu que a entidade árvore estava ali patente, simbolismo,
não necessitando para tal de mais do que dois traços apenas e
ele foi o pioneiro nessa corrente de expressão…mas afinal tu
acabas por dizer que até gostas de t-shirt’s com desenhos do
Miró … não percebo.
E: _ Poissss … gostava de ver essas árvores desenhadas na
perfeição.Nas t-shirt’s é diferente, acho que até fica estético…
Z: _ Ahhhh! Então concordas que é arte … ai homem pois, pois …
ninguém te entende.
(E assim ficou, cada um na sua … E. a achar que o Miró era
um desastre artístico … e Z. a achar que Miró é um pintor
a sério)
(Miró - imagem retirada da internet)
Situação B:
(conversa no Museu Centro de Arte Rainha Sofia em Madrid,
entre dois amigos, o professor E. e a socióloga C.)
E: _ Este quadro do Dali é absolutamente notável. Chega aqui C.
C: _ Sim, diz lá.
E: _ Olha bem para o quadro e diz-me o que vês.
C: _ Sabes que eu não tenho sensibilidade para a pintura, os
quadros doDali têm umas cores vivas e bonitas, vejo
bastantes pormenores interessantes, mas pronto isto é
surrealismo, sei lá … vejo coisas.
E: _ Vê agora o título, o que diz?
C: _ Diz, hummm, 'pera lá …diz “Homem Invisível”. Homem
Invisível?! Onde é que ele tá?
E: _ Exactamente … onde é que ele está! Se te afastares um
pouco e começares a abstrair-te dos diferentes pormenores
e observares o quadro no seu todo, vais começar a ver.
C: _ A ver o quê?
E: _ O homem porra, o que haveria de ser.
C: _ Ahhh! Exacto … cá está…espectacular! …o Dali era mesmo
um génio …
E: _ Vamos lá ver aquele branco ali mais ao fundo.
(...)
C: _ O que é isto? Isto é arte? Por amor de Deus, até é vergonhoso
isto estar num centro de arte conceituado como o Museu
Rainha Sofia (gracejos trocistas)
E: _ Sim, realmente um quadro enorme todo branco, que
desperdício, com quatro ou cinco pintas pretas lá em cima …
de quem é esta porcaria?
C: _ Pois sei lá…sabes que eu percebo pouco de pintura, aliás…
não tenho sensibilidade para isto…parece-me ofensivo para
os verdadeiros artistas…é que nem imagino o título desta
coisa.
E: _ Diz aqui J. Miró e o título é …”sem título” … muito original,
não achas?! (ironia)
C: _ Claro que é sem título, que disparate, nem ele sabia que título
dar a isto … a esta coisa …aposto que foi mais difícil arranjar
um título do que pintar o quadro.
E: _ Isto é um quadro?! Please … vamos ver aquele ali mais à
frente…
(os dois aproximam-se e olham espantados para um quadro
relativamente pequeno, rectangular em que, num fundo creme se
nota um relevo com algumas ramificações, de um tom um pouco
mais escuro, acastanhado, acompanhando horizontalmente o
quadro, assemelhando-se a uma bacia hidrográfica ou uma
centopeia, ou então, … com alguma imaginação, a uma coluna
vertebral muito ramificada)
C: _ Por amor de Deus …o que é isto? Ai … não tenho mesmo
sensibilidade para estas coisas. Tu já sabes que isto não me
diz nada…
E: _ Pois não consigo sequer imaginar o que possa ser, talvez o
título nos consiga esclarecer, que te parece?
C: _ Pois sei lá … mas a avaliar pelas últimas obras de arte,
deve ser totalmente inesperado, tipo “Cães à beira de um
ataque de nervos”, “Mulher violada num banco de esperma”,
"Rolas perdidas no vão da escada" ou, à semelhança dos
vinte quadros anteriores e para manter a originalidade,
“sem título”, que fica sempre bem em qualquer obra de arte
que se preze.
E: _ Aqui diz: J. Miró “Bando de pássaros a voar”…parece-te bem?
C:_ Acho extraordinário…podia estar aqui nas próximas gerações e
mumificar-me que nunca lá chegaria … por amor de Deus,
que falta de gosto, que pobreza … bem, tu também já sabes
que eu tenho pouca sensibilidade para isto, já te disse …mas
…”Bando de pássaros a voar” …onde é que ele está?! Bem,
ao menos é ecológico, já não é mau, tu sabes como eu gosto
de animais …
E: _ Mas se reparares bem, talvez faça algum sentido, repara como
os pássaros voam em bando no céu … é algo parecido ou
não?!
C. _ Sei lá se é ou não … talvez com muita imaginação …meu
Deus, até estou mal disposta com isto, tou cheia de calor,
sinto tonturas e dói-me a barriga … por amor da santa …
vamos embora que já vi o que tinha a ver.
( E assim foi, embora não tivessem os conhecimentos de arte
esperados, ambos concordaram na genialidade dos quadros
do Dali e lamentaram a infantilidade dos quadros do Miró)
(Dali - Imagem retirada da internet)
Situação C:
(conversa em casa entre o professor E. e dois amigos, uma crítica
de arte X. e um especialista em técnica de representação em
gravura A.)
E: _ Vocês que são especialistas em artes, ou nessa área,
expliquem-me por favor, porque eu ignoro…qual é afinal o
brilhantismo de J. Miró enquanto pintor?
X: _ Brilhantismo?! Qual brilhantismo? Isso nem faz sentido…é um
pintor que segue uma linha abstracta em grande parte das suas
produções, marcou um momento e mais nada … as suas
produções enquanto obras de arte não são de um particular
destaque, isto é, não são de relevar face a outros pintores na
mesma linha de expressão …embora em arte tudo seja
possível…claro …exactamente porque se trata de arte tudo é
criação, logo tudo depreende criatividade…em arte não
existem barreiras, caso contrário deixaria de ser arte.
E:_ Só estou a perguntar porque um amigo meu tem uma colega
professora de artes que adora Miró, perde imenso tempo a
analisar os seus quadros e menospreza Dali, acha-o primário
como pintor.
Eu não tenho os necessários conhecimentos de arte, mas isto
parece-me escandaloso, sobretudo quando olho para os quadros
de um e de outro … acho que as diferenças estão aos olhos de
toda a gente … parecem-me óbvias.
A: _ É assim, o próprio conceito de arte pressupõe essa liberdade de
expressão em que não há fronteiras à criatividade, de facto
tudo ou quase tudo pode ser arte e já não há muito por onde
inovar… já está praticamente tudo explorado … já nada
surpreenderá o suficiente.
Em relação a Miró, sou sincero … não gosto mesmo e até te
digo, se me oferecessem um quadro dele, o mais certo seria
colocá-lo num canto da casa, atrás do sofá ou assim, para não
ocupar espaço…de todo não o iria colocar na parede, porque
para mim, aquilo não representa nada, entendes? …posso
dizer-te que o meu pintor preferido, ou um dos, é Tapiez.
X: _ Exacto … em relação à comparação entre Miró e Dali, não há
espaço para discussão, primeiro porque uma coisa nada tem a
ver com a outra … são linhas díspares de actuação …
em relação a Miró estamos conversados. Em relação a Dali …
este é o expoente máximo do surrealismo, as suas produções
artísticas são notáveis e geniais, pois consegue passar para a
tela, expressar em formas, cores , texturas, um imbricado e
complexo mundo de códigos, volumes, que não pertencem à
dimensão que nós conhecemos como real, mas que é possível
antever perfeitamente no mundo paralelo dos sonhos e que
também é uma dimensão a considerar nas nossas vidas …
ele excede em capacidade criativa, em inteligência que passa
para a tela de uma forma naturalmente surpreendente e com
a ligeireza de um mestre, … aqui sim … podemos falar de
brilhantismo.
E: _ Pronto agora fiquei bem mais esclarecido … é mesmo isso que
eu penso … embora seja um leigo nestas coisas, claro …
( Miró - imagem retirada da internet)
Situação D:
A crítica de arte X relata ao professor E uma experiência que foi levada a cabo no sentido de aferir certos aspectos no que respeita ao próprio carácter de subjectividade e relatividade no campo do mundo artístico. Nesse sentido, numa aula com alunos do primeiro ciclo do ensino básico, foi pedido a alguns desses mesmos alunos que representassem o que lhes apetecesse numa tela que, a estes foi entregue. Esta actividade decorreria algum tempo da aula, sendo observada pelo professor respectivo.
Posteriormente essa mesma tela foi colocada numa reconhecida galeria de arte e submetida, entre outras obras, a análise atenta e rigorosa por parte de um conjunto de críticos de arte …
E de facto … a análise foi mesmo atenta e rigorosa … nenhum dos presentes questionou a falsidade da obra em análise, sendo que alguns deles imbuídos de uma luminosidade extrema, assim como dedicada seriedade profissional, avançaram com semelhanças óbvias entre aquela obra de arte e o trabalho de Pollock …..??????????
The devil has designed my death And is waiting to be sure Plenty of his black sheep died Before he finds a cure Oh Lord Jesus Do you think I served my time? The eight legs of the devil now Are crawling up my spine The firm hand Of the devil now Is rocking me to sleep I force my blind eyes open Lord But I'm sinking in the day* Oh Lord Jesus Do you think I served my time? The eight legs of the devil now Are crawling up my spine I go to sleep each evening now Dreaming of the grave I see the friends I used to know Crawling up my leg Oh Lord Jesus Do you think I served my time? The eight legs of the devil now Are crawling up my spine Oh Lord Jesus Do you think I served my time? The eight legs of the devil now Are crawling up my spine Oh Lord Jesus Here's the news from the new from the fires below The eight legs of the devil will not Let my people go *Lines I'm not sure of
Sadly one sunday |
Diamanda Galas |
Os pessimistas são aquilo que são, os optimistas são aquilo que querem que os outros achem que eles são.
Brama
Geralmente as pessoas feias acham as lindas horríveis.
J.F.L.
(foto retirada da internet)
PRISIONEIROS SOMOS TODOS. Liberdade?! igual a felicidade ... meras utopias ... conceitos que se apregoam para entreter o povo incauto, insensato que ainda crê deles ser detentor. E os que não crêem? ...esses refilam, escarnecem, cospem ...mas ninguém os ouve ... até que se calam e sucumbem ao cansaço ... exaustos ... acomodados ou não ... mas irremediavelmente prisioneiros do silêncio ... o silêncio inglório de ser esta a ordem natural e assim continuar a ser sempre ... ordem natural ... e há os outros, os que querem dar uma imagem positiva de si prórios e que, sem há muito acreditar, esforçam-se e insistem em levar os demais a crer que são livres ou irão ser um dia ... esses são os prisioneiros da opinião dos outros, da boa imagem que nos outros querem depositar de si próprios, prisioneiros da teia de ilusão que em seu redor meticulosamente teceram.
Sim, PRISIONEIROS SOMOS TODOS. Prisioneiros dos afectos, das emoções, da amizade e do amor, dos anseios, dos medos, das inseguranças, das angústias, da família, das convenções e ritos sociais, sim...das tais práticas imemorialmente estabelecidas, que de cedo nos impuseram como modelos de conduta e correcção únicos e indiscutÍveis ... que seguimos como bobos irracionais ... aparafusados peça por peça numa linha de montagem única, num acto contínuo ao longo de gerações...sobremaneira irritante...
Prisioneiros da aceitação, da integração, do sucesso, das tendências, de religiões, da ordem política, da justiça e da injustiça ... do passado, do presente e do futuro...prisioneiros da vida ... dos mil fantasmas que à noite nos assaltam, nos deixam vulneráveis, febris ... prisioneiros do corpo que habitamos mas não escolhemos, da eterna solidão de nós mesmos ... PRISIONEIROS DA VIDA ...
Sim ... PRISIONEIROS, PRISIONEIROS SOMOS TODOS !
Brama
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim ...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente ...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
(sim eu sei que toda a gente está cansada de ouvir este belíssimo soneto de Florbela Espanca, ainda mais quando o conhece por ter sido musicalmente divulgado por Luís Represas, mas o objectivo não é impressionar ninguém ... simplesmente apeteceu-me escrevê-lo quase como uma espécie de homenagem a esta grande poetisa alentejana, nascida em Vila Viçosa. É um soneto tão simples quanto maravilhoso, eu considerá-lo-ia perfeito ... fico sempre emocionado quando o leio, revela uma sensibilidade indescritível)
Isto é apenas uma experiência no mundo dos blogs... vamos ver o que dá! Até já!
E pois então, cá está uma belíssima imagem de apresentação, um dos mais belos e perfeitos monumentos do mundo, o Taj Mahal localizado em Agra a alguns kms de Deli, capital indiana ... este majestoso monumento tumular é símbolo do Amor, mandado construir por Shah Jahan para o descanso eterno da sua esposa preferida, Mumtaz Mahal ... é o monumento mais visitado na Índia e foi recentemente considerado como uma das sete maravilhas do mundo...após a sua construção Shah Jahan mandou que fossem amputadas as mãos a todos os que participaram na sua construção, para segundo ele, não voltarem a construir nada de tão grandiosa beleza .... parece que dado o local onde está construído apresentar alguma instabilidade (nas margens do rio Yamuna), pois o solo é arenoso, esta edificação corre sérios riscos de poder afundar-se gradualmente ... não posso aceitar que isso aconteça, pelo menos antes de eu lá estar e poder observar bem a sua majestosidade
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