A prova de que o nosso estado de espírito, as nossas motivações, ... influenciam e muito, o modo como percepcionamos e sentimos por exemplo um filme, tem muito que se lhe diga. "O Segredo de Brokeback Mountain" é disso um excelente exemplo. Confesso que apesar de o ter considerado um bom filme, na sua generalidade, não exerceu em mim a necessária empatia, pelo contrário, conseguiu aborrecer-me de morte. O simples facto de tratar sempre a temática da homossexualidade como algo triste, escondido, rejeitado, digno de alguma pena e com um fim inevitavelmente infeliz e as relações homossexuais como algo a manter numa conformada ou irremediável obscuridade, foi mais que suficiente para me fazer disparar de irritação o meu, já de si débil, sistema nervoso. Ontem vi o filme na rtp enquanto me dedicava a passar uma pilha de roupa e ... senti o filme de um modo diametralmente oposto. Mesmo o maior homofóbico, vendo o filme com a necessária atenção, dificilmente poderia ficar indiferente à intensidade dos sentimentos ali em jogo e creio que não deixaria de algum modo, de se emocionar. A beleza, a grandiosidade e a densidade do Amor ali em evidência sufoca e o pormenor da orientação sexual das duas personagens, é em si mesmo um singelo pormenor. Os cenários do filme têm incontornável beleza, assim como as interpretações. O final do filme deixa-nos suspensos num estado de infinita amargura e pasma-nos perante a genialidade do realizador Ang Lee. O estado de puro amor expresso e sentido será uma raridade, porém possível. As cenas finais são das mais belas da história do cinema.
Brama
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