Mais uma acção de formação, neste caso mais uma reunião de tentativa de maior esclarecimento (achava eu), desta feita em Santa Maria da Feira, a 30 km do Porto e mais ou menos 600 km donde vivo. Saída segunda-feira depois das aulas da tarde; chegada terça-feira após a meia-noite, para iniciar serviço às 8h10 hoje na escola. Dispensa terça-feira?! claro que não, que ideia disparatada. Uma pessoa vai, numa lógica quase auto-didacta e de salvação, em serviço por parte da escola, para esclarecer e melhorar procedimentos neste maravilhoso novo sistema de desocultar competências já adquiridas pelo pessoal adulto com prioridade na certificação rápida de competências que lhes permita ter já e já, em tempo record o 9º ou o 12ºano, porque o Ministério lança as ideias brilhantes mas não faculta a formação necessária e cada um, que se desenrasque como sempre, mas por nenhum motivo deste mundo se justifica dispensa de serviço lectivo. As aulas serão repostas escrupulosamente amanhã. A intenção foi boa, o resultado aprentemente esclarecedor, mas após análise que atenda à realidade de cada região e situação particular, não há efectivamente quaisquer possibilidades de seguir práticas comuns. A sessão de esclarecimento teve lugar na ANOP (Associação Nacional de Oficinas de Projecto), em Santa Maria da Feira, que funciona a título particular com financiamento do PRODEP onde, ao que nos constou, os vários adultos são devidamente acompanhados por vários formadores ( vários para cada adulto), cerca de 7 horas por dia, 35 horas por semana. Evidentemente que são adultos que não trabalham, contrariamente aos nossos adultos, que terão as suas sessões na escola à noite, após um dia de trabalho e com muito menos horas. Por seu turno, os formadores são exactamente só e apenas isso, formadores naquela instituição, dedicados a tempo inteiro àquela prática e não, professores como nós, nas escolas, com todo o trabalho que todos nós sabemos isso implicar. De facto, apercebi-me que, para tudo funcionar num sistema quase perfeito, o acompanhamento aos adultos teria de ser muito superior e com todas as partes envolvidas no complexo processo de aplicação do tal famoso referencial o que, nas escolas públicas com este processo em andamento, é absolutamente impossivel, pelo menos naqueles moldes. O Estado tem a sua meta traçada, mais de um milhão de adultos certificados rapidamente, mas sem horas. O processo que nós deveríamos seguir é o mesmo, obedece ao tal referencial, mas o Estado não dá mais horas às escolas, porque não faz qualquer sentido. Lá estão eles, mais uma vez a pedir-nos as omoletes sem os ovos, contenção de despesas mas com esperados bons resultados. Lá vão os professores tecer mais uma rede de improvisos, alimentar ainda mais o tradicional sistema do desenrasca e do faz de conta. É o Estado que assim quer.
Se o arrependimento matasse ... que arrependido em ter optado por esta experiência. O pior é que isto parece ser um processo sem fim à vista ... quanto mais situações se conhece, mais diverso é o leque de actuação e dos procedimentos. Pior, na mesma instituição as interpretações são distintas e por vezes opostas, conduzindo a práticas incoerentes. Uma animação. Uma coisa sei, já não participarei em mais sessões ou acções de multiplicação exponencial de dúvidas e de credos na mais brilhante invenção do Ministério que até hoje conheci.
Brama
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