Que tema tão chato, mil vezes debatido e conjecturado sob mil diferenciadas perspectivas. Já me havia decidido a falar pouco ou nada do tema, ou tratá-lo de forma tão natural quanto possível, por ser algo tão natural e normal como outra coisa qualquer. Mas após consulta de vários blogs, onde o assunto é aberta ou dissimuladamente focado, no bom e no mau sentido, vejo-me obrigado a ter de dar o meu parecer e contribuir para aclarar algumas alminhas que, por ignorância ou assumida estupidez, ainda insistem nas ideias pré-câmbricas de seus antepassados e urgem de alguns esclarecimentos.
"A opção de cada um deve ser respeitada."
Primeiro erro crasso, faz derivar a sexualidade de cada um de uma escolha ou opção, como quem vai à boutique e entre duas peças de roupa exactamente iguais, escolhe aquela cuja cor mais lhe agrada. Também não sou quadrado ao ponto de não pensar que, em alguns casos possa mesmo ser uma questão de opção. A natureza humana é tão diversa, tudo nela pode ter lugar, ou não?! Quem refere a sexualidade como derivando de uma questão de opção das duas uma, ou não sabe o significado da palavra opção, ou nunca reflectiu correctamente no que está a dizer. Suas excelências ditas ou assumidamente heterossexuais e suas excelências futilmente homossexuais ( para pôr na mesma balança todos os pensantes e já que estamos a falar de igualdade entre todos), que optam por opção, acharão mesmo que, numa sociedade milenarmente castradora, pelo menos desde o cristianismo, condenatória, discriminatória, os que se sentem homossexuais, optam mesmo por sê-lo, num ataque fulminante de procura masoquista?! Será que já pararam para criar alguma empatia para com quem se sente efectivamente homossexual ou sempre se sentiu e, contra tudo e todos, a ordem injustamente instituída, as práticas ancestrais, os valores familiares, os princípios religiosos, etc, etc ... se debateu por impôr a sua verdadeira natureza ou orientação?! Já imaginaram o caminho tortuoso que muitos interiormente palmilharam, desafiando um muro socialmente construído, quantas vezes à custa do corte com as relações familiares, com os supostos amigos, problemas profissionais e noutras sociedades, pagando com a falta de liberdade, o sofrimento e até a morte?! E isto tudo apenas por uma inabalável necessidade de serem eles próprios, seguirem a própria natureza, os mais intrínsecos impulsos ... uma procura incessante por serem visíveis e não transparentes. E apenas isto, aparentemente tão simples, quantas e quantas vezes numa luta individual, plena de uma grande solidão pessoal e de um real desamparo. Neste preciso momento há muitos homossexuais por este mundo fora, presos na sua solidão interior, a esconder algo de que sempre se envergonharam porque aprenderam a ver como pecaminoso, digno de vergonha, a lutar interiormente para deixar de o ser, sem resultados logicamente (seria o mesmo que um negro querer ser branco apenas movido de uma grande força interior), presos, sujeitos à discriminação física e psicológica, condenados à morte e a sofrimentos atrozes, sozinhos porque as famílias esqueceram-nos para sempre, ... entregues ao solitário inferno da diferença ... tudo porque num belo dia decidiram ou optaram por ser homossexuais. Que capricho tão estranho, se podiam ser "normais" porque querem ser gays e lésbicas?! Ninguém entende ...
Por esta ordem de ideias, os ditos "normais" também poderiam tentar não o ser e optarem , assim só para quebrar a rotina, por se tornarem homossexuais. Sempre seria um pouco diferente e até engraçado, o que é que acham?!
Claro que quem profere a frase acima indicada, mesmo fazendo derivar a homossexualidade de uma razão incorrecta, tem um princípio até bom, porque até por uma questão de opção, reconhece-lhe algum respeito.
Brama
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