Já dizia o nosso mestre Luís Vaz de Camões, "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser e a confiança ..." ... pois dizia e parece-me bem, aplica-se a tudo de resto, tudo menos a um rectângulo de quase 90 000 km2 a que se juntam umas quantas porções de terra perdidas no Atlântico.
Pois em Portugal tudo se mantém mais ou menos MAU. Muda o ano, vira-se uma página,mas a seguinte é exactamente da mesma cor, da mesma textura, a mesma péssima monotonia e pior ... exactamente com o mesmo texto. No dia um de Janeiro já sabemos que tudo aumentou, combustível, rendas, impostos, juros, bens de primeira necessidade e que, mais uma vez há uma incompatibilidade entre esses grandes aumentos e os vencimentos de que auferimos. Também ficamos ao corrente de que, como convém para acabar depressa com a população portuguesa, sim porque este país está longe, muito longe, de servir os seus habitantes e os verdadeiros trabalhadores, mais centros de saúde vão fechar. Ficamos todos muito contentes em casa com estas belas notícias que, pressuponho, pretendem causar boa disposição às pessoas, assim digamos que, incentivá-las a continuar, uma espécie de reforço positivo. Também ficamos a conhecer mais uns numerozinhos de mortos nas estradas nesta transição ... acrescido de um balanço de todos os que pereceram nas rodovias portuguesas ao longo do ano, assim mais de 1000 indivíduos, coisa pouca, nem se nota ... o que são 1000 corpitos humanos?
É assim com estas belas novidades que se incentiva o povo português para o próximo ano civil e depois venham dizer-me que eu é que sou negativo e vejo as coisas com algum défice de qualidade. Além da lei do tabaco, também em si alvo de grande discórdia e polémica, de que me vou abster de comentar por se avizinhar muita conversa, não ouvi nada de minimamente positivo transmitido pelos órgãos de comunicação social. Absolutamente NADA. Mais ... já não há paciência para o hermetismo do discurso de políticos, dirigentes desportivos e tristezas afins ... uma MERDANÇA TOTAL. Cá para mim esta gentalha toda anda a fazer formação em práticas de conseguir produzir longos discursos estéreis e sempre iguais em que, em muitas palavras consegue dizer-se exactamente nada.
Pois, para Portugal, a produção literária camoniana deveria sofrer umas cambiantes no sentido de melhor se adaptar à nossa triste realidade. De facto "Mudam-se os tempos, mantêm-se as vontades, piora o ser e decresce MUITO a confiança ... tomando sempre novos e múltiplos defeitos"
Brama
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