Esta jovem actriz canadiana, nascida em 1987, começou a representar aos dez anos, quando foi seleccionada para o papel principal de uma série televisiva "O Pequeno Pónei". O seu sucesso nesta série marcou o início da sua carreira que parece vir sistematicamente a ganhar pontos. Além de Juno, só me lembro de a ver em Hard Candy, onde tem um papel extraordinariamente notável. Eu acho que ela tem algo especial.
O merecido Oscarizado Daniel Day-Lewis por uma interpretação absolutamente perturbadora. Um filme com uma mensagem poderosa mas que, acima de tudo, ganha pela interpretação do actor principal.
Ontem, após passeio de barco pela Ilha Formosa em Faro com direito a sessão fotográfica das espécies de aves que aí nidificam, entre as quais os elegantérrimos róseos flamingos, considerei por bem ir ver o filme galardoado com o óscar de melhor filme "No Country for Old Men", de Ethan e Joel Coen. Apesar do esforço titânico em manter-me acordado, as noites mal dormidas com uma média de 4 a 5 horas agravado de incidência solar directa na moleirinha toda uma tarde, triunfaram e na segunda parte do filme ... pouco vi. Estava a gostar, confesso que sim, sobretudo do desempenho de Javier Bardem. É certo que não vi tudo mas os amigos que me acompanhavam não pareceram sobremaneira entusiasmados. Como não vi atentamente a segunda parte, não posso pronunciar-me porque por vezes um simples diálogo pode revelar toda a essência. No entanto, pela atitude geral, fiquei com a impressão de que pairou uma certa desilusão com o oscarizado filme.
Qual a vossa opinião?
Olhando para este cartaz ainda fiquei, erradamente, com a ideia de que poderia ser um filme do género Matrix ... não, nada disso. Este cartaz ilude bem. Também não teria sido a minha escolha se tivesse ido ver o filme sozinho. De qualquer forma, como fui acompanhado de um amigo, deixei-me levar pela escolha alheia e eis que sou brindado com esta péssima orquestração de mau gosto. Nos tempos que correm e com o nível de qualidade que é suposto exigir a uma qualquer película, seja qual for o género em causa, posso afirmar com alguma segurança que este é um dois piores filmes que já me foi dado visionar numa sala de cinema. Sem exagero ... É PÉSSIMO! Não aconselho mesmo nada ... bem, de qualquer modo um dos diálogos finais conseguiu fazer-me rir, tal o despropositado mau gosto. Um filme sobremaneira chato e de qualidade nula.
Filme francês de Julian Schnabel, baseado no romance de Jean-Dominique Bauby, relata o drama deste, editor da Elle francesa, que aos 43 anos e no auge da sua carreira profissional sofre um AVC que lhe paralisou o corpo inteiro, à excepção do seu olho direito e da sua mente. O seu olho direito passa a ser a partir de então, o único meio de comunicação com o mundo exterior e com as pessoas e será assim que ele consegue, letra a letra, palavra a palavra, descrever detalhadamente as suas angústias, o seus sonhos, os seus sentimentos. Acaba por publicar um livro autobiográfico com uma mensagem de forte esperança.
Há no meu entendimento, uma mensagem poderosa neste filme, a ideia de que apesar do estado crítico, praticamente vegetal em que Jean-Dominique se encontra, sente-se livre a partir do momento que pode utilizar a sua memória (permitindo-lhe uma revisitação permanente ao passado, tornando-se quase tangível), em que lhe é possível pensar exactamente no que lhe apetece dando azo a toda a sua imaginação e todas as suas fantasias. É um filme absolutamente tocante, sufocante, em que, ao longo de praticamente todo o seu tempo de duração, as filmagens são efectuadas na óptica do próprio Jean-Dominique (actor Mathieu Amalric), da sua visão e percepção do mundo envolvente. Desta forma é possível ao espectador criar uma maior empatia com a dificuldade que é, para alguém naquele estado, poder comunicar com o exterior.
Julian Schnabel, o realizador, é norte-americano.
Brama
Comédia/Drama/Romance da realizadora Julie Delpy, conta-nos a divertida/dramática estadia do casal: Marion, fotógrafa francesa (que é a própria realizadora e argumentista do filme) e Jack, desenhador de interiores americano, em Paris, em casa dos pais de Marion. O casal, que vive em Nova Iorque, passa por momentos algo conturbados no seio da sua relação e decide passar uns dias de viagem em Veneza, o ambiente romanticamente mais apropriado, onde as coisas parecem não ter decorrido da melhor forma, culminando em seguida com dois dias em Paris, à partida a melhor cidade para reacender um romance.
O filme é simultaneamente sempre bem disposto e algo dramático e stressante ao mesmo tempo. As diversas cenas sucedem-se de modo rápido e os hilariantes e frenéticos diálogos dão um toque especial de humor sistemático ao filme, sendo neles mesmos em que se consolida o espírito do filme e a alma das personagens em evidência.
Brama
Filme de Russell Mulchay, terceiro da trilogia (?!) se é que não continua (pelo final estou em crer que continuará), decorre vários anos após os incidentes de Raccoon City, num tempo em que o T-vírus escapou ao controlo da Umbrella corporation e se disseminou por quase todo o planeta. Os poucos sobreviventes vivem tempos muito complicados, em que tentam sobreviver diariamente à catástrofe. Aqui, Alice (Milla Jovovich), junta-se a um grupo de sobreviventes e incentiva-os a atravessar o deserto do Nevada, passando por Las Vegas, local mais próximo para se abastecerem de combustível e tentarem chegar ao Estado do Alaska, um dos últimos redutos humanos que parece livre da contaminação. Destaco a cena dos corvos, que adorei.
Resident Evil atrai-me por vários aspectos, pelas cores, pela música, pela frieza e claro ... pela Milla Jovovich. Apesar de ter gostado, o meu preferido da saga, continua a ser o segundo - Resident Evil: Apocalipse.
Brama
A cena que mais gosto do filme "Frida" de Julie Taymor, de uma belíssima sensualidade.
Na minha opinião, mais que um thriller épico ou histórico, "Elizabeth - The Golden Age" do realizador indiano Shekhar Kapur, é sobretudo um filme melodramático porque, além dos factos históricos documentados, são sentimentos fortes e reprimidos, amor ardente, traição, ódio, raiva, angústia, revolta, que ali se evidenciam. Mais do que a batalha travada entre a armada espanhola e a inglesa, que marca o início de uma época de ouro e de hegemonia para o império britânico, o séc. XVII, o argumento centra as suas atenções na relação entre Elizabeth, The Virgin Queen e o aventureiro Sir Walter Raleigh. O filme ganha principalmente e mais uma vez pela presença de Cate Blanchet como Rainha, que enobrece até o pior argumento e pela fotografia. Há momentos no filme de incontornável beleza visual.
Brama
Termo grego que significa "dar forma à pele", é no fundo "a arte de montar ou produzir animais para exibição ou estudo, isto é, a técnica de preservação da forma da pele, planos e tamanhos dos animais" (Hidasi Filho, J., 1976). O mesmo será dizer que tem a ver com a prática de embalsamamento de animais e ... no caso deste filme, também de humanos. Este filme húngaro, do realizador Gyorgy Pálfi, que acabei de ver à meia horinha no cinema, tem uma estética que poderá caracterizar-se com quatro adjectivos transversais: sórdido, nojento, bizarro e grotesco. E para quem acha asquerosos filmes como por exemplo o Delicatessen, há que esclarecer que esse perto deste, é uma ingénua brincadeira de criança. O filme baseia-se em três histórias geracionais, de um avô, um pai e um neto, ligadas de alguma forma entre si. O avô é um sombrio assistente hospitalar durante a Segunda Guerra Mundial; o pai procura sucesso (na era pós-soviética), como atleta de alto nível; o neto é um taxidermista submisso, de franzina e desagradável aparência, que tem uma ânsia pela imortalidade. Algumas das cenas são merecedoras de um prémio de honra por seguramente serem das mais nojentas da história do Cinema: a matança do porco, os momentos de delicioso delírio dos concursos de devoração de quilos e quilos de comida ... e as cenas finais que não consegui acompanhar na íntegra por me terem revolvido indelevelmente as entranhas. No final do filme, comentei naturalmente com o porteiro "este filme é uma verdadeira prova de resistência humana", ao que respondeu " e de apetite".
Por falar em apetite, se alguém tiver intenção de ver este filme, jamais o faça após agradável e composta refeição.
Brama
Após tanto tempo sem ir ao cinema, fui ver este filme de Peter Berg e a avaliação final foi positiva. É mais um dos muitos filmes a retratar questões bélicas e políticas, os antagonismos ocidente-oriente nos valores, princípios religiosos, conceito da própria vida, interesses político-económicos e estratégicos. Riade, capital da Arábia-Saudita é palco principal do desenrolar dos acontecimentos, iniciados por um conjunto de incidentes terroristas numa zona residencial americana na cidade. O argumento é relativamente simples, embora o filme ganhe por retratar factos verídicos, pela excelente fotografia e som, pela realidade das cenas de violência mais fortes, embora algumas com contornos de algum exagero, próprio do cinema americano. Algumas cenas do filme são algo angustiantes, fazem-nos supor o horror que será viver sob um instável ninho de pólvora, de frequentes ataques terroristas ...
O filme termina com uma mensagem simples nas palavras mas muito forte na significação.
Brama
A prova de que o nosso estado de espírito, as nossas motivações, ... influenciam e muito, o modo como percepcionamos e sentimos por exemplo um filme, tem muito que se lhe diga. "O Segredo de Brokeback Mountain" é disso um excelente exemplo. Confesso que apesar de o ter considerado um bom filme, na sua generalidade, não exerceu em mim a necessária empatia, pelo contrário, conseguiu aborrecer-me de morte. O simples facto de tratar sempre a temática da homossexualidade como algo triste, escondido, rejeitado, digno de alguma pena e com um fim inevitavelmente infeliz e as relações homossexuais como algo a manter numa conformada ou irremediável obscuridade, foi mais que suficiente para me fazer disparar de irritação o meu, já de si débil, sistema nervoso. Ontem vi o filme na rtp enquanto me dedicava a passar uma pilha de roupa e ... senti o filme de um modo diametralmente oposto. Mesmo o maior homofóbico, vendo o filme com a necessária atenção, dificilmente poderia ficar indiferente à intensidade dos sentimentos ali em jogo e creio que não deixaria de algum modo, de se emocionar. A beleza, a grandiosidade e a densidade do Amor ali em evidência sufoca e o pormenor da orientação sexual das duas personagens, é em si mesmo um singelo pormenor. Os cenários do filme têm incontornável beleza, assim como as interpretações. O final do filme deixa-nos suspensos num estado de infinita amargura e pasma-nos perante a genialidade do realizador Ang Lee. O estado de puro amor expresso e sentido será uma raridade, porém possível. As cenas finais são das mais belas da história do cinema.
Brama
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